Os leilões têm uma longa história, havendo registros de sua existência por volta de 500 a.C. De acordo com Heródoto, na Babilônia foram realizadas anualmente leilões de mulheres para os casamentos. Os romanos também usaram os leilões para liquidar os ativos de devedores cujos bens tinham sido confiscados por dívidas. Por exemplo, venda pública de mobiliário doméstico para o pagamento de dívidas em conformidade com a lei romana. Naquele tempo, o direito de garantia recaía sobre a pessoa física do obrigado, que poderia para efeito de pagamento, ser executado. Tal submissão do devedor ao credor só veio a cessar com a Lex Poetelia Papiria que no século IV a.C. substituiu o vínculo corporal pela responsabilidade patrimonial, onde os bens, que eram eventualmente oferecidos ao público, respondiam pelas dívidas em troca do corpo do devedor. Atualmente no Brasil chamamos de hasta pública quando algum bem imóvel é apregoado no átrio do fórum da comarca aonde ocorreu a penhora.
Na modernidade, a mais antiga casa de leilões do mundo foi a casa de leilões de Estocolmo. (Stockholms Auktionsverk) tendo sido criada na Suécia em 1674. Durante o final do século 18, logo após a Revolução Francesa, os leilões passaram a ser realizadas em tabernas e cafés para vender arte. Alguns desses leilões foram realizados diariamente, catálogos foram impressos para anunciar os itens disponíveis. Tais catálogos de leilão eram distribuídos principalmente antes de leilões de itens raros ou colecionáveis. Em muitos casos esses catálogos já continham detalhes sobre os objetos a serem leiloados.
Atualmente a Sotheby’s, de Londres, é uma das maiores e mais antigas casa de leilões, realizou seu primeiro leilão em 1744. A Christie’s foi estabelecida em torno de 1766. Outras casas de leilão antigas e igualmente famosas de que ainda estão em operação incluem a Dorotheum (1707), Bonhams (1793), Phillips de Pury & Company (1796), Freeman (1805) e Lyon & Turnbull (1826).
O leilão é um processo de compra e venda de bens ou serviços, oferecidos com um valor previamente determinado mas que serão efetivamente negociados pela melhor oferta. Na teoria econômica, um leilão pode se referir a qualquer mecanismo ou conjunto de regras de negociação para a venda.
Existem algumas regras sobre a forma dos leilões que são informadas antes da ocorrência do evento e que incluem: prazos, parcelas, limites mínimos de valores da proposta além da concordância tácita dos participantes. Os participantes de um leilão podem ou não conhecer a identidade ou ações de outros compradores. Dependendo do tipo de leilão, os licitantes poderão participar pessoalmente ou remotamente através de uma variedade de meios, incluindo telefone e internet. O vencedor ou arrematante geralmente paga uma comissão ao leilão com base em um percentual do preço de venda final. Pela visibilidade e publicidade o leilão é considerado um ótimo e seguro negócio.
Dois tipos de leilão são considerados: os judiciais e extrajudiciais. Os primeiros correspondem àqueles em que os bens são originados de penhoras processuais, nos outros os comitentes são instituições públicas ou privadas, bem como pessoas, com desejo de alienar ou vender bens de sua propriedade.
Cada país dispõe de suas próprias regras para a atividade de leiloaria. No Brasil, Leiloeiros Oficiais são Agentes Auxiliares de Comércio e podem realizar avaliação de bens, sendo devidamente homologados e investidos de oficialidade para esta função, prestando relevantes serviços às comunidades aonde atuam.
São proibidas as vendas de bens pela melhor oferta e de viva voz por pessoas que não sejam qualificadas para tal. Os Leiloeiros Oficiais são inscritos e fiscalizados pelas juntas comerciais dos estados e são, os leilões, regidos por legislação federal específica.